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Exportação de café cai 33% em maio, diz Cecafé

Menor disponibilidade de arábica e concorrência do Vietnã e da Indonésia derrubam embarques; receita cresce com disparada dos preços internacionais

Publicado em: - 2 minutos de leitura

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As exportações brasileiras de café somaram 2,963 milhões de sacas em maio – queda de 33,3% em relação ao mesmo mês de 2024. Apesar da retração no volume, a receita cambial saltou 21,1%, atingindo US$ 1,243 bilhão, segundo o relatório mensal Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) publicado hoje (10).

De julho de 2024 a maio de 2025 — intervalo que corresponde a 11 meses do atual ano-safra —, o país embarcou 42,968 milhões de sacas e faturou US$ 13,691 bilhões, um recorde histórico. O desempenho representa leve recuo de 2% em volume frente ao mesmo período do ciclo anterior, mas uma expressiva alta de 52,3% na receita.

Colheita atrasada e concorrência asiática pressionam o mercado

A redução nos embarques é atribuída à menor disponibilidade de café arábica, cuja colheita só começou a ganhar ritmo em junho, e à perda de competitividade dos cafés canéforas brasileiros frente a outros países produtores.

“A oferta interna está reduzida e o arábica só agora começa a entrar no mercado. Além disso, nossos conilons e robustas estão menos competitivos em relação ao Vietnã e à Indonésia”, afirmou Márcio Ferreira, presidente do Cecafé. Segundo ele, os preços elevados no mercado internacional explicam o aumento na receita. “São cinco safras seguidas de perdas de potencial produtivo devido a extremos climáticos, o que reduziu a oferta global e impulsionou as cotações”, explicou.

Menor volume e maior faturamento

Entre janeiro e maio de 2025, o Brasil exportou 16,790 milhões de sacas — retração de 19,2% frente ao mesmo período de 2024. A receita, no entanto, avançou 44,3%, alcançando US$ 6,483 bilhões, o maior valor já registrado para os cinco primeiros meses de um ano civil.

EUA e Europa seguem como principais destinos

Os Estados Unidos seguem como principal destino do café brasileiro em 2025, com a compra de 2,874 milhões de sacas até maio — 17,1% do total exportado, apesar da queda de 17,4% frente ao mesmo intervalo do ano ado.

Na sequência aparecem a Alemanha, com 2,112 milhões de sacas (-28,7%), a
Itália, com 1,375 milhão de sacas (-17,5%), o Japão, com 1,089 milhão de sacas (+10,6%), e a Bélgica, com 809,9 mil sacas (-61,7%).

Arábica lidera exportações

O café arábica respondeu por 14,116 milhões de sacas exportadas nos cinco primeiros meses de 2025. O café solúvel veio em seguida, com 1,641 milhão de sacas, seguido pelos canéforas (1,011 milhão) e pelo café torrado e moído (22.128 sacas).

O Porto de Santos (SP) manteve sua liderança nas exportações, com 13,562 milhões de sacas e 80,8% de participação. O complexo portuário do Rio de Janeiro respondeu por 14,9% (2,5 milhões de sacas), enquanto Paranaguá (PR) embarcou 170,6 mil sacas (1%).

Cafés diferenciados ampliam participação na receita

Os cafés certificados ou com qualidade superior representaram 22,1% do total exportado entre janeiro e maio, com 3,703 milhões de sacas. Apesar da queda de 7,2% no volume, a receita subiu 70,5%, somando US$ 1,631 bilhão — 25,2% do total arrecadado no período.

Os principais compradores de cafés diferenciados foram os EUA, com 709,6 mil sacas (19,2%), a Alemanha, com 514,2 mil (13,9%), seguidos da Bélgica, com 344,1 mil (9,3%), Itália com 275,4 mil (7,4%) e Holanda, com 270,1 mil (7,3%).

O relatório completo do Cecafé, com os dados consolidados até maio de 2025, está disponível em cecafe.com.br.

 

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Menor disponibilidade de arábica e concorrência do Vietnã e da Indonésia derrubam embarques; receita cresce com disparada dos preços internacionais

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As exportações brasileiras de café somaram 2,963 milhões de sacas em maio – queda de 33,3% em relação ao mesmo mês de 2024. Apesar da retração no volume, a receita cambial saltou 21,1%, atingindo US$ 1,243 bilhão, segundo o relatório mensal Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) publicado hoje (10).

De julho de 2024 a maio de 2025 — intervalo que corresponde a 11 meses do atual ano-safra —, o país embarcou 42,968 milhões de sacas e faturou US$ 13,691 bilhões, um recorde histórico. O desempenho representa leve recuo de 2% em volume frente ao mesmo período do ciclo anterior, mas uma expressiva alta de 52,3% na receita.

Colheita atrasada e concorrência asiática pressionam o mercado

A redução nos embarques é atribuída à menor disponibilidade de café arábica, cuja colheita só começou a ganhar ritmo em junho, e à perda de competitividade dos cafés canéforas brasileiros frente a outros países produtores.

“A oferta interna está reduzida e o arábica só agora começa a entrar no mercado. Além disso, nossos conilons e robustas estão menos competitivos em relação ao Vietnã e à Indonésia”, afirmou Márcio Ferreira, presidente do Cecafé. Segundo ele, os preços elevados no mercado internacional explicam o aumento na receita. “São cinco safras seguidas de perdas de potencial produtivo devido a extremos climáticos, o que reduziu a oferta global e impulsionou as cotações”, explicou.

Menor volume e maior faturamento

Entre janeiro e maio de 2025, o Brasil exportou 16,790 milhões de sacas — retração de 19,2% frente ao mesmo período de 2024. A receita, no entanto, avançou 44,3%, alcançando US$ 6,483 bilhões, o maior valor já registrado para os cinco primeiros meses de um ano civil.

EUA e Europa seguem como principais destinos

Os Estados Unidos seguem como principal destino do café brasileiro em 2025, com a compra de 2,874 milhões de sacas até maio — 17,1% do total exportado, apesar da queda de 17,4% frente ao mesmo intervalo do ano ado.

Na sequência aparecem a Alemanha, com 2,112 milhões de sacas (-28,7%), a
Itália, com 1,375 milhão de sacas (-17,5%), o Japão, com 1,089 milhão de sacas (+10,6%), e a Bélgica, com 809,9 mil sacas (-61,7%).

Arábica lidera exportações

O café arábica respondeu por 14,116 milhões de sacas exportadas nos cinco primeiros meses de 2025. O café solúvel veio em seguida, com 1,641 milhão de sacas, seguido pelos canéforas (1,011 milhão) e pelo café torrado e moído (22.128 sacas).

O Porto de Santos (SP) manteve sua liderança nas exportações, com 13,562 milhões de sacas e 80,8% de participação. O complexo portuário do Rio de Janeiro respondeu por 14,9% (2,5 milhões de sacas), enquanto Paranaguá (PR) embarcou 170,6 mil sacas (1%).

Cafés diferenciados ampliam participação na receita

Os cafés certificados ou com qualidade superior representaram 22,1% do total exportado entre janeiro e maio, com 3,703 milhões de sacas. Apesar da queda de 7,2% no volume, a receita subiu 70,5%, somando US$ 1,631 bilhão — 25,2% do total arrecadado no período.

Os principais compradores de cafés diferenciados foram os EUA, com 709,6 mil sacas (19,2%), a Alemanha, com 514,2 mil (13,9%), seguidos da Bélgica, com 344,1 mil (9,3%), Itália com 275,4 mil (7,4%) e Holanda, com 270,1 mil (7,3%).

O relatório completo do Cecafé, com os dados consolidados até maio de 2025, está disponível em cecafe.com.br.

 

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